sexta-feira, 31 de maio de 2013

Rapidinhas da sexta....

Medidas paliativas...

As medidas de segurança que estão previstas pelo governo do Estado não me agradaram pois são apenas paliativos momentâneos para tentar tirar os holofotes negativos que estão direcionados para o governo estadual e municipal. O fato de reprimir a criminalidade deve ser uma atividade permanente e constante com um destacamento fixo, qualificado para tais operações. Vir equipes volantes de repressão para Baraúna somente para passar uma "chuva" não irá transmitir a segurança definitiva que a sociedade tanto anseia. Poderá até instalar uma tranquilidade provisória, mas logo após a saída das forças policiais, tudo retornará como dantes. O que falta ao município é uma política de segurança pública efetiva com planejamento a curto, médio e longo prazo, além de forças policiais condizentes com o quantitativo populacional. O município é uma região fronteiriça com a instalação de várias indústrias, além de ser um parque fruticultor. Merecia bem mais atenção do que analgésicos provisórios.....

Deu tudo errado em sua vida...e tudo certo após sua morte...

Vincent van Gogh era epilético, depressivo e colecionava estampas japonesas. É, comecemos assim a falar sobre ele. Nasceu no dia 30 de março de 1853 na Holanda. Era um gênio torturado por sua própria emoção e quando foi diagnosticado como um homem mentalmente afetado viu nisso a oportunidade de converter seus demônios em arte. Foi a partir daí que deixou a Holanda para viver em Londres tendo em mente apenas um objetivo que não era pintar, mas sim pregar a palavra divina, salvar almas, mostrar para os miseráveis que era possível ser feliz se analisassem as coisas mais infames da vida. Esse foi o primeiro fracasso de Vincent. Ninguém se importava com suas palavras. Mesmo sendo um leitor assíduo de Dickens, Shakespeare e Victor Hugo, seus discursos eram fracos. Não bastava sem um grande pensador ou intelectual porque as pessoas ao seu redor não ligavam.Quando tinha 30 anos resolveu largar a bíblia para pintar. Simples assim. Ele já tinha familiaridade com a arte porque chegou a passar um tempo trabalhando na loja de quadros de seu tio e quando criança, pintava algumas coisas com sua mãe. Vincent tomou essa decisão certo de que através de seus quadros poderia tocar os pobres e mostrar a eles que seria possível sonhar mesmo vivendo de desgraças. Para Vincent, o paraíso estava nas coisas mais simples como as folhas das árvores, o sol, o vento batendo na cara... 
Vale lembrar que esses pensamentos otimistas não o livravam de seu temperamento grosseiro, irritável. Foi nesse período que conheceu sua grande musa: Sien, uma mãe sozinha e abandonada, igualmente miserável. Vincent considerava a convivência com ela uma influência positiva para sua criatividade. Sua família ao saber das condições de vida que ele levava em Londres o rejeitou, exceto seu irmão Théo que passou a apoia-lo em sua carreira como pintor.Seu primeiro grande quadro é o famoso “Os Comedores de Batata” de 1885. Vincent justificava as cores sujas, os tons escuros e a aparência “amarronzada” do quadro dizendo que queria mostrar que os comedores haviam arrancado as batatas do solo com suas próprias mãos, haviam conquistado aquela refeição através do esforço do trabalho honesto.Logo em seguida, Vincent mudou-se para Paris e sua maneira de pintar 
também sofreu uma forte influência do espírito otimista parisiense, sendo visível através da presença de mais luz e cores em suas pinturas. Diferenciava-se dos demais impressionistas da época porque retratava a melancolia de Paris, os sentimentos negativos mais intensos como a raiva. Foi nesse período que conheceu Paul Gauguin e então, teve a ideia de unir-se a ele. A união não aconteceu de imediato porque Gauguin retornou para Londres enquanto Vincent permaneceu em Paris.Em 1888, Vincent partiu para Provença onde teria o ano mais frenético e angustiante de sua vida, tendo ao mesmo tempo a fase mais criativa de sua carreira artística. Foi nesse lugar que ele começou a pintar os campos de trigo e os girassóis, visíveis no quadro “O Semeador”. Vincent costumava definir seus quadros como grandes orgasmos. Curioso ou não, dizia também que transar e pintar muito não combinava, porque tanto uma coisa quanto a outra amolecia o cérebro.Théo resolveu patrocinar Gauguin com a condição de que o mesmo fosse trabalhar junto com Vincent e mesmo receoso por ter que conviver com ele, Gauguin aceitou a proposta. Vincent não pintava baseando-se em questões estéticas, mas sim na emoção que seria possível passar através das cores 
selecionadas.Enquanto Gauguin não chegava, ele ansiava pela convivência dos dois e foi ai que surgiu seu vício por absinto. Conheceu nessas mesmas condições a família Roulin. Era uma família feliz, tranquila, normal e que fazia muito bem a Vincent por distrai-lo e tira-lo do modo de viver autodestrutivo. Chegava a dizer que os amava. Gauguin finalmente começou a viver com Vincent, mas a relação dos dois não ficou nada bem depois de um mês. Tinham filosofias artísticas muito diferentes! Enquanto Gauguin considerava o ato de pintar como algo passageiro, uma inspiração que vem e vai, Vincent jurava que pintar era dar todo o suor e trabalho para concretizar algo real, permanente. Sua alta produção, às vezes com direito a mais de um quadro por dia, começou a irritar Gauguin, despertando nele um sentimento de inveja. Tomado por isso, pintou o quadro “Van Gogh pintando girassóis”, algo chulo, representando Vincent com o rosto desajustado, como um simples pintor sentado analisando um vaso. Reduziu a intensidade dele meramente a isso. Quando viu o quadro, Vincent disse que Gauguin havia o retratado como um louco.Com o 
relacionamento cada vez pior, Gauguin o abandonou numa certa noite para dormir num hotel e Vincent, por volta da meia noite, foi ao seu bordel favorito e entregou para uma das prostitutas um papelote. Nele estava embrulhado um pedaço de sua orelha. Na parte da manhã quando Gauguin resolveu retornar ao estúdio, encontrou policiais e sangue por toda parte! Esse famoso acontecimento levou Vincent a internar-se num hospício, temendo que nunca mais se recuperasse, tendo espasmos de loucura sem cura que o levavam a comer a tinta de seus próprios tubos. No hospício Vincent começou a aperfeiçoar sua pintura. Em 1889 pintou seu último autorretrato e considerou que tentar suicídio era como recuar da margem de um rio ao ver que a água é fria. Théo decidiu manda-lo para Auvers Sur Oise, lugar um pouco distante de Paris, sob a vigia do Dr. Paul Gachet. Foi nessa fase que Vincent começou a revolucionar seu modo de pintar. Sua recuperação chegou a ser cogitada já que era visto vivendo bem, recebendo a visita dos familiares e feliz. Théo acreditava que finalmente seu irmão estava salvo, mas não era isso que realmente acontecia.Eis o quadro revolucionário, a grande obra prima de Vincent van Gogh: O Campo de Trigo com Corvos, pintado um pouco antes de sua morte.Foi sua primeira obra 

vendida e reconhecida graças à falta de perspectiva, já que ao observar o quadro não sabemos exatamente para o que estamos olhando, e os corvos que aparentam ora voar para longe, ora voar para perto, além das cores pulsantes. O quadro era um bloco de cor vivo e inaugurou o Modernismo e o Expressionismo.Vincent estava no ápice de sua carreira, artisticamente lúcido, mas a loucura continuava a destruir seu lado emocional. Não suportava mais os espasmos e acompanhado por isso, surgia a ideia de que sua família havia o abandonado de vez.Théo o encontrou morto em seu estúdio. Vincent havia dado um tiro no próprio abdômen e já estava completamente inconsciente! Havia cometido suicídio e a tentativa de salva-lo foi em vão...Vincent morreu com a esperança de que teria seu trabalho reconhecido pela emoção que sempre depositava em cada pincelada. É revoltante saber que poucos anos depois, seus quadros começaram a ser vendidos por milhões. O importante e, talvez, confortante é ter noção de que pelo menos hoje em dia sua obra é reconhecida e emociona milhares de pessoas ao redor de todo mundo.

                   Como é grande o meu amor por você - Roberto Carlos - Instrumental



quinta-feira, 30 de maio de 2013

Rapidinhas da quinta....

Chegando....

Duas importantes obras serão anunciadas oficialmente pela presidente Dilma Roussef no próximo dia 03 de Junho (segunda-feira) em Natal. A construção da Barragem de oiticica em Jucurutu e a duplicação da BR-304 que liga Natal até Mossoró (a duplicação irá até divisa com o Estado Cearense). Gostaria de ressaltar a importância dessa duplicação da BR-304 que diminuirá sensivelmente o tempo de viagem (além da economia de combustível) gasto entre Mossoró e Natal, além da diminuição radical do número de acidentes automobilísticos, principalmente as colisões frontais que são responsáveis por 90% dos óbitos. A BR-101 está totalmente duplicada entre Natal, João Pessoa e até Recife, e os benefícios foram imensos, principalmente na redução drástica no número de acidentes fatais devido as colisões durante as ultrapassagens. A obra foi fruto de uma articulação política envolvendo o atual presidente da câmara federal Deputado federal Henrique Alves, juntamente com toda bancada de deputados federais e senadores potiguares, que conseguiram incluir a obra do PAC.

CONCURSO PÚBLICO FCC divulga edital do concurso da ALRN

A Fundação Carlos Chagas publicou o edital do concurso público destinado ao provimento de cargos efetivos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. São oferecidas 85 vagas para os níveis médio e superior. As inscrições podem ser feitas no período de 10 de junho a 08 de julho no site da FCC. A taxa é de R$ 68 para nível médio, R$ 89 para nível superior e R$ 98 para o cargo de assessor técnico do controle interno. Os salários variam de R$ 2.609,48 a R$ 17.025. Os cargos de nível superior são para analista legislativo, arquitetura, analista de sistema, biblioteconomia, enfermagem, engenharia civil, jornalismo medicina – clínica geral, psicologia e assessoria técnico do controle interno. As vagas de nível médio são para técnico legislativo nas funções de operador de som, programador, taquigrafia e técnico em hardware. As provas estão previstas para o dia 1º de setembro deste ano. A seleção será feita por meio de prova objetiva e discursiva-redação, exceto para os cargos de técnico legislativo nas funções de operador de som, programador e técnico em hardware, que farão estudo de caso. Ainda haverá prova prática de taquigrafia para técnico legislativo na função de taquigrafia.
Veja o EDITAL.

Seguindo em frente....

Atestando o mesmo resultado de três sondagens anteriores (a última foi em fevereiro/2013), uma nova averiguação abrangendo 01 semana desse mês de Maio/2013 entre os blog's mais acessados de Baraúna comprovou mais uma vez a liderança desse blog "Baraúna atual" na preferência de acessos dos baraunenses e simpatizantes de outras regiões, inclusive de outros países (a quem agradecemos mais uma vez). Destacamos abaixo a pesquisa diária realizada (não adianta brigar com os números concretos e reais) os 04 blog mais acessados onde colocamos aqueles que tiveram uma quantidade superior a 200 acessos diários (os demais não atingiram esse patamar). Daqui à três meses faremos uma nova sondagem.

DATA
BARAÚNA ATUAL
ALERTA BARAÚNA
BARAÚNA NOTÍCIAS
BARAÚNA EM DIA
22/05
331.219 -  331.707
160.419 -  160.771
1.263.279   1.263.665
1.008.145 – 1.008.459
23/05
331.707 – 332.235
160.771 – 161.118
1.263.665– 1.263.911
1.008.459 – 1.008.679
24/05
332.235 – 332.608
161.118 -  161.489
1.263.911– 1.264.158
1.008.679 – 1.008.863
25/05
332.608 – 333.141
161.489 -  162.013
1.264.158-  1.264.528
1.008.863 – 1.009.154
26/05
333.141 – 333.554
162.013 – 162.327
1.264.528– 1.264.786
1.009.154 – 1.009.315
27/05
333.554 -333.930
162.327 -  162.555
1.264.786-  1.265.031
1.009.315 – 1.009.490
28/05
333.930 – 334.345
162.555 – 162.900
1.265.031-  1.265.281
1.009.490 – 1.009.678

   

Blog baraunense
Semana de 22/05 a 28/05

22

23

24

25

26

27

28
Total de acessos na semana
Média diária de acessos
01
Baraúna atual
488
528
373
533
413
376
415
3.126
446
02
Alerta Baraúna
352
347
371
524
314
228
345
2.481
354
03
Baraúna notícias
386
246
247
370
258
245
250
2.002
286
04
Baraúna em dia
314
220
184
291
161
175
188
1.533
219

O dia em que toda a torcida no Maracanã entoou as "Touradas em Madri"

Já estamos mais do que acostumados com as músicas cantadas pelas torcidas nos estádios Brasil a fora. Entretanto, o que poucos sabem, é que esse movimento que pode ser classificado como "futebol cantado" teve seu início no dia 13 de julho de 1950, quando a Seleção Brasileira goleou a Espanha por 6 a 1 pela Copa do Mundo, diante de mais de 150 mil pessoas no Maracanã. Logo depois do sexto gol, toda a torcida cantou em uma só voz a marcha Touradas em Madri, de João de Barro (o inesquecível Braguinha) e Alberto Ribeiro. Esse foi mais um daqueles momentos mágicos em que a música e o futebol se encontravam nos gramados. A expectativa em torno da Seleção Brasileira era grande naquele ano de 1950. Com base no grande time do Vasco da Gama (o popular Expresso da Vitória), a equipe comandada por Flávio Costa já havia conquistado o Campeonato Sul Americano no ano anterior e vinha de bons resultados. Depois de golear o México por 4 a 0, empatar com a Suíça em 2 a 2, e 
derrotar a Iugoslávia por 2 a 0, o Brasil se classificou em primeiro lugar no Grupo 1 para o quadrangular decisivo, junto com o Uruguai, a Espanha e a Suécia. Logo na primeira partida na fase seguinte, os comandados de Flávio Costa massacraram os suecos por 7 a 1, com direito a quatro gols de Ademir Menezes. O próximo adversário seria a Espanha, do grande goleiro Antoni Ramallets e do atacante Telmo Zarra, um dos maiores ídolos da história do Atlético de Bilbao. Mais de 150 mil pessoas (fora aquelas que conseguiram entrar sem pagar ingresso) se acotovelavam no Maracanã na tentativa de ver mais uma grande atuação de Ademir, Jair, Bauer, Zizinho, Bauer e outras feras. Aos 29 minutos do primeiro tempo, o Brasil já vencia por 3 a 0, com gols de Ademir Menezes, Jair Rosa Pinto e Chico, para a alegria da torcida brasileira. E quem pensou que os brasileiros tirariam o pé do acelerador, se enganaram. Em menos de vinte minutos, Ademir, Jair e Zizinho fariam 6 a 0 para o Brasil. Quando o atacante Silvestre Igoa fez o gol de honra da espanha, num belo voleio, toda torcida no Maracanã já estava em festa e toda a torcida cantava “as touradas em Madrid”.

                                Touradas em Madrid - Braguinha (cantada pelo trio Irakitan)


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Rapidinhas da quarta....

A cura está próxima....

Trinta anos depois da identificação do vírus HIV por uma equipe do Instituto Pasteur, de Paris, os grandes nomes das pesquisas sobre a Aids, reunidos a partir desta terça-feira 21 em um colóquio internacional, abordam abertamente a questão da futura erradicação da doença. O tema deste simpósio, co-organizado pelo Instituto Pasteur, não é contar a história da descoberta do vírus pela equipe chefiada pelo doutor Luc Montagnier, mas detalhar os desafios no futuro: vacinas, tratamentos precoces, compreensão dos casos de remissão de longo prazo, etc.. “Talvez sejamos um pouco loucos, mas esperamos ter uma vacina preventiva dentro de três, quatro, cinco, seis ou sete anos”, declarou à AFP o cientista americano Robert Gallo, especialista 
em virologia que confirmou em 1984 a descoberta feita pelo professor Montagnier. “Nós fizemos enormes avanços a respeito dos anticorpos que atacam as proteínas do invólucro externo do vírus (…). Nós realmente fizemos um avanço neste campo que renova as esperanças”, explicou. No entanto, as pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina se revelaram até o momento frustrantes. “Temos esbarrado e continuamos a esbarrar em muitas dificuldades científicas mas, historicamente, a obstinação e a inovação científica compensam”, afirmou o respeitado virologista americano Anthony Fauci. “Nós continuamos a fazer avanços sobre o conhecimento dos anticorpos capazes de neutralizar o HIV e seu potencial para o desenvolvimento de uma vacina”, destacou o doutor Fauci, que chefia o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, uma referência na luta contra a Aids. Co-descobridor do HIV em 1983, a virologista francesa Françoise Barré-Sinoussi, do Instituto Pasteur, admite os “muitos revezes” nas pesquisas sobre as vacinas, mas afirma que eles permitem aprender. Um outro eixo de pesquisa se articula em torno dos casos raros de “remissões persistentes à suspensão do tratamento”, informou, em alusão aos 
casos de 14 pacientes descritos no estudo francês Visconti, que mais de sete anos após a suspensão de qualquer tratamento com antirretrovirais conseguem “controlar sua infecção”.Jean-François Delfraissy, diretor da Agência Nacional de Pesquisa sobre a Aids da França (ANRS) considerou por sua vez que “o divisor de águas para a erradicação” do vírus da Aids “é agora”. “As grandes agências de pesquisa (…) estão no topo e têm as primeiras pistas, em particular na França” com os casos “um pouco excepcionais” destes pacientes “tratados muito cedo” após a infecção e que atualmente conseguem viver sem o tratamento, comentou em declarações à France Info. “Nós estamos em um tipo de remissão da doença viral como falamos da remissão do câncer. É uma lanterna que nos ilumina para saber aonde ir em termos de pesquisa”, explicou. O colóquio “30 
anos de ciência do HIV, imagine o futuro”, realizado no Instituto Pasteur de Paris, vai dedicar uma sessão às diferentes linhas de pesquisa para “controlar e tratar o HIV”, enquanto até agora os tratamentos com antirretrovirais permitem baixar a carga viral até deixar o vírus quase indetectável, sem se livrar dele.Há um outro projeto de pesquisa, também promissor e sem dúvida mais imediato, para simplificar, aliviar os tratamentos e reduzir os efeitos colaterais, sobretudo com moléculas de ação prolongada, com as quais uma única dose por semana seria suficiente para o tratamento da infecção. Por fim, vários estudos estão em curso sobre as classes de medicamentos totalmente diferentes dos antirretrovirais, “que se aproximam dos anticancerígenos” e que atacam os invólucros dos vírus, afirmou Delfraissy à AFP.

As profissões mais visadas do Brasil nos próximos 5 anos...

A Engenharia do Petróleo, devido a descoberta do Pré-Sal Brasileiro, de pequenos campos Gás na Amazônia e de Petróleo no Nordeste vai com certeza estar entre as profissões mais valorizadas dos próximos 5 anos.No caso do Pré-Sal Brasileiro vão ser necessários milhares de profissionais de Engenharia de Petróleo para atuar em todas as áreas e especializações desta carreira. Para se explorar a enorme quantidade de Petróleo encontrada em alto-mar vão ser construídas dezenas de novas plataformas de Petróleo da Classe P, cada uma delas é como se fosse uma verdadeira indústria flutuante, dando empregos a centenas de pessoas entre Engenheiros do Petróleo, Técnicos, Operadores de Máquinas e Pessoal de Apoio ( Cozinheiros, Faxineiros, etc… ). Os campos de Gás Natural da Amazônia também vão contribuir bastante para consolidar a Engenharia de Petróleo como uma das profissões mais valorizadas. Apesar de serem pequenos em comparação ao tamanho do Pré-Sal há um grande potencial na floresta para que se descubram mais e mais campos com o tempo.

A Engenharia Ambiental também vai figurar com destaque entre as profissões mais valorizadas nos próximos 5 anos. Com o avanço das tecnologias de exploração, Ouro, Ferro, Alumínio e jazidas de vários outros tipos de metais estão sempre sendo descobertas pelo Brasil afora. Estas novas reservas, em geral localizadas em áreas de floresta não podem ser simplesmente exploradas de modo simples e direto como se fazia no passado. O profissional de Engenharia Ambiental entra nestes projetos elaborando sistemas e planos sustentáveis de exploração destes metais. Uma mina mau explorada ( sem ter um plano de Engenharia Ambiental estruturado ) causa danos graves ao meio-ambiente, poluindo o ar, fontes de água e contaminando os animais. O profissional de Engenharia Ambiental também pode atuar em projetos de recuperação de áreas destruídas por antigas minas esgotadas. Outro setor que vai colaborar bastante para transformar a Engenharia Ambiental em uma das profissões mais valorizadas é a construção de usinas de energia. Vários projetos de novas Hidrelétricas ( inclusive pequenas hidrelétricas, conhecidas por PCHs ) estão sendo programados pelo governo e em todos deve ser elaborado um complexo plano de Engenharia Ambiental. As Hidrelétricas apesar de serem uma fonte de energia limpa devem sempre ser muito bem planejadas pois desviam rios, afetam a vida nos mesmos e também modificam muito o terreno. Além de Mineração e Usinas Elétricas, projetos industriais gerais, vão contribuir bastante para tornar a Engenharia Ambiental como uma das profissões mais valorizadas para os próximos 5 anos.
Como o Brasil está aos poucos se tornando um país de Classe Média e com renda mais bem distribuida, a engenharia civil também estará no destaque como uma das 5 profissões mais valorizadas para os próximos 5 anos. Esta nova Classe Média, que está saindo daClasse Pobre nos últimos anos, melhorou muito de vida tem um enorme potencial para consumir, em especial produtos duráveis ( eletrodomésticos, carros, etc… ) e imóveis. Os imóveis, no caso, são o setor onde entra a Engenharia Civil. Dispostos a investir em novas casas a apartamentos a Classe Média tem sido o maior consumidor e investidor da Construção Civil no Brasil. Os condomínios e blocos de prédios em especial são o principal sonho de consumo desta parcela da população. Os condomínios são muito visados, pela qualidade de vida que proporcionam permitindo uma maior segurança pra os moradores e também um pouco mais de espaço para as crianças. Por isso, os profissionais de Engenharia serão muito requisitados para o projeto, reforma e ampliação de prédios, elevando a Engenharia Civil a categoria das profissões mais valorizadas.


O Brasil está passando por um forte processo de modernização. Impulsionado pela competição dos outros países que exige que sejamos mais competitivos, esse fator torna a Ciência da computação uma das profissões mais valorizadas atualmente. Seja qual for o tipo de negócio desde padarias que precisam registrar o movimento do caixa até empresas que projetam e constroem aviões, o computador, a Internet e os programas de todo tipo estão por toda parte. Os responsáveis por manter, ampliar e melhorar esta rede de informação, são justamente os profissionais de Ciência da Computação. Seja desenhando sites ou então projetando programas de computador para empresas, o profissional de Ciência da Computação está entre os mais valorizados atualmente. O próprio Governo está abrindo muita oportunidade para estes profissionais. Como lida com milhões, bilhões de informações de todo tipo, quanto mais informatizado, mais eficiente o Governo se torna. Por isso ele tem investido muito tempo e dinheiro em sistemas e bancos de dados para coletar, armazenar e organizar informações. Por causa da versatilidade do profissional, que pode desempenhar várias funções dentro da mesma empresa, a Ciência da Computação está entre as profissões mais valorizadas do Brasil atual.

O quadro Guernica de Pablo Picasso....

O quadro Guernica é um painel pintado por Pablo Picasso em 1937 por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Foi exposto no pavilhão da República Espanhola. Medindo 350 por 782 cm, esta tela pintada a óleo é normalmente tratada como representativa do bombardeio sofrido pela cidadeespanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães, apoiando o ditador Francisco Franco. Atualmente está no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid. A pintura foi feita com o uso das cores preto e branco - algo que demonstrava o sentimento de repúdio do artista ao bombardeio da pequena cidade espanhola. Claramente em estilo cubista, Picasso retrata pessoas, 
animais e edifícios nascidos pelo intenso bombardeio da força aérea alemã (Luftwaffe), já sob o controle de Hitler, aliado de Francisco Franco.Morando em Paris, o artista soube dos fatos desumanos e brutais através de jornais - e daí supõe-se tenha saído a inspiração para a retratação monocromática do fato. Sua composição retrata as figuras ao estilo dos frisos dos templos gregos, através de um enquadramento triangular das mesmas. O posicionamento diagonal da cabeça feminina, olhando para a esquerda, remete o observador a dirigir também seu olhar da direita para a esquerda, até o lampião trazido ainda aceso sobre um braço decepado e, finalmente, à representação de uma bomba explodindo. Esse quadro foi feito também com o objetivo de passar para os que vissem, o que ele estava sentindo, um vazio por dentro de si, um conflito, uma guerra consigo mesmo buscando resposta para sua vida amorosa , e toda vez que ele via o quadro, pensava consigo mesmo, será que o meu problema é maior que essa guerra, ou tem mais importância para os outros, e naquele momento ele conseguia esquecer. O que para nós demonstra uma grande preocupação por parte do autor do mesmo.

Julga-me a gente toda por perdido

Julga-me a gente toda por perdido,
Vendo-me tão entregue a meu cuidado,
Andar sempre dos homens apartado
E dos tratos humanos esquecido.

Mas eu, que tenho o mundo conhecido,
E quase que sobre ele ando dobrado,
Tenho por baixo, rústico, enganado
Quem não é com meu mal engrandecido.

Vá revolvendo a terra, o mar e o vento,
Busque riquezas, honras a outra gente,
Vencendo ferro, fogo, frio e calma;

Que eu só em humilde estado me contento
De trazer esculpido eternamente
Vosso hermoso gesto dentro na alma.

Luís de Camões

                                                            Telegrama - Zeca Baleiro



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Rapidinhas da segunda....

Teoria das Janelas Partidas

Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipe de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local. Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta. É comum atribuir à pobreza as causas de delito.
Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e da esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.
Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?
Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais. Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como o “vale tudo”. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional. Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a ‘Teoria das Janelas Partidas’, a mesma que de um ponto de vista criminalístico conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujeira, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito. Se se cometem 
‘pequenas faltas’ (estacionar em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas. Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor a criminalidade) , estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são 
progressivamente ocupados pelos delinquentes. A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metrô de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujeira das estacões, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metrô um lugar seguro. Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metrô, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’.
A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York. A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia, de fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero. Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana. Essa é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na vila ou condominio onde vivemos, não só em cidades grandes. A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras. Esta teoria pode também explicar o que acontece aqui no Brasil com corrupção, impunidade, amoralidade, criminalidade, vandalismo, etc.

A experiência de quem reduziu a criminalidade....

O Brasil está diante de uma oportunidade histórica para derrotar o crime. Quem garante é o homem que pacificou duas metrópoles americanas – Nova York e Los Angeles. Quando William Bratton, 62 anos, assumiu o comando da polícia nova-iorquina com a promessa de vencer a guerra contra os bandidos que matavam mais de 2 mil pessoas por ano, em 1994, poucos acreditaram no xerife da tática conhecida como Tolerância Zero. Mas ele conseguiu. De 2002 ao final do ano passado, período em que chefiou os policiais de Los Angeles, repetiu a promessa. Igualmente a cumpriu, encolhendo as estatísticas de crime. As cidades, que estavam entre as mais violentas dos Estados Unidos, são hoje duas das mais seguras. Agora, o homem que recebeu o apelido de “top cop” (maior policial) americano volta seus olhos para o Brasil – e com otimismo. Recém aposentado do serviço público e integrado à empresa americana de consultoria em segurança Altegrity, Bratton virá ao país para uma palestra entre março e abril, em São Paulo. Ele garante que o crescimento econômico e a proximidade de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada criam um momento único para revolucionar a segurança urbana. Confira os principais trechos da entrevista de Bratton concedida a ZH, por telefone, de Nova York:

Zero Hora – O que o senhor mudaria em primeiro lugar no sistema brasileiro de segurança pública?

William Bratton – Passei por uma experiência no Brasil, em 2000, 2001 e 2002, quando estive trabalhando para o ex-governador (Tasso) Jereissati no Estado do Ceará, particularmente na cidade de Fortaleza. Tivemos algum sucesso reduzindo índices de criminalidade, e pude conhecer o seu sistema de Justiça criminal. Ele tem problemas em termos de falta de coordenação e colaboração entre os vários componentes. Às vezes devido à estrutura organizacional, às vezes porque há diferenças entre as organizações, e nem sempre há vontade de colaborar e se coordenar umas com as outras.
ZH – O fato de termos duas polícias faz parte disso?

Bratton – Sim, mas até mesmo se pegarmos apenas a Polícia Militar, por exemplo, os praças formam um grupo separado dos oficiais, são classes bastante separadas. É potencialmente problemático porque você tem diferentes classes no serviço. E a Polícia Civil, os seus delegados, são outra classe, são advogados, que não trabalharam no patrulhamento ostensivo antes de virar policiais civis. E há os promotores, que são completamente separados disso.

ZH – Nos EUA, o fato de haver uma polícia única ajuda?

Bratton – Temos um sistema em que todos começam como policiais de rua que podem subir na organização e se tornar um detetive, um supervisor, um oficial de comando, um comissário. Mas todos começam como policiais trabalhando nas ruas, e quase nunca se vê alguém que comanda um departamento de polícia que não tenha subido por essa hierarquia. No meu caso, por exemplo, em 1970 eu comecei como guarda, virei sargento, tenente, superintendente, comissário de polícia de Boston, depois comissário de Nova York e, mais recentemente, chefe de polícia de Los Angeles. No Brasil, isso não ocorre, e isso é problemático para ter um sistema de Justiça criminal que funcione.

ZH – Aqui as diferenças culturais são uma barreira?

Bratton – Há níveis educacionais diferentes. Alguns policiais civis têm diploma de Direito e, para ser um praça da Polícia Militar, você precisa de um diploma de Ensino Médio. Além disso, os oficiais e os chefes de polícia vêm, muitas vezes, de uma outra classe social. Há muitas diferenças de educação, de classe, profissionais. Nos EUA, detetives, praças, policiais e comandantes são parte da mesma organização. Essas são questões que precisam ser reconhecidas em uma tentativa de melhorar a coordenação, o compartilhamento de informação e inteligência. Começamos a fazer isso com algum sucesso em Fortaleza, mas então o contrato acabou e me tornei chefe de polícia em Los Angeles.

ZH – O senhor repetiria a experiência no Brasil?

Bratton – Estou muito interessado em voltar ao Brasil. O seu país passou por uma transformação fenomenal. Quando eu estive aí, sua economia estava lutando, as taxas criminais eram terríveis, mas agora vocês se tornaram a potência econômica da América do Sul. Vocês têm uma das economias mais fortes, o país está crescendo positivamente, e uma evidência disso é que vocês têm a Copa do Mundo e a Olimpíada. Isso demonstra ao mundo que vocês cresceram muito, mas o problema que vocês ainda enfrentam é a segurança pública.
ZH – Hoje o cenário é mais propício para mudar o quadro da segurança?

Bratton – Vocês têm hoje uma oportunidade crucial para os governos decidirem investir na infraestrura de segurança pública. Há uma grande oportunidade, com grande potencial de sucesso. Se vocês tiverem líderes dispostos a investir em segurança e a experimentar, vocês podem ter sucesso. Esta é a hora de o Brasil investir em segurança. Essa é a oportunidade, com a Olimpíada e a Copa do Mundo se aproximando, de mostrar o Brasil para o mundo.

ZH – Alguns dos problemas se referem a investimentos, como falta de pessoal, de equipamentos, baixos salários. Isso de fato é essencial para uma política de segurança eficiente?

Bratton – Nos EUA, temos uma expressão: você recebe pelo que paga. Se você não paga para ter policiais educados, motivados e honestos, você terá policiais sem educação, desmotivados e desonestos. Em Nova York, (Rudolph) Giuliani, e em Los Angeles, (Antonio) Villaraigosa, esses prefeitos entenderam a importância de aumentar a força policial, de investir em pagamento, equipamento e tecnologia. Agora que seu país está emergindo como potência econômica, tem mais riqueza do que tinha, assim como o Rio de Janeiro se prepara para a Olimpíada, precisa considerar investir bem mais dinheiro e recursos em segurança pública. Em uma democracia, a primeira obrigação de um governo é garantir a segurança pública.
ZH – O senhor citou o Rio de Janeiro...

Bratton – Li no New York Times uma reportagem muito interessante sobre o Rio de Janeiro. Para mim, é muito curioso porque é o que nós começamos a fazer em Nova York, em 1996. Tínhamos uma operação chamada Juggernaut. Nós usávamos milhares de policiais para tomar áreas dos traficantes de drogas e, uma vez que nós recuperávamos essas áreas, deixávamos muitos policiais na região para garantir que os traficantes não voltariam. Depois disso, passávamos para as áreas seguintes. Em um período de dois anos, atravessamos a cidade, reduzindo crimes. Como no Rio.

ZH – O senhor se refere às unidades de polícia pacificadora?

Bratton – Sim. Muitas áreas das suas cidades são deixadas à mercê dos grandes traficantes. A polícia não fica rotineiramente nelas. Geralmente usam forças de ataque quando entram, empregando muita violência, então vão embora e as gangues retomam o controle. No Rio, há um esforço não apenas para entrar, mas para permanecer. Mas isso exige muitos policiais e bons salários para que não se corrompam. É preciso haver otimismo sobre isso.
ZH – Havia otimismo em Nova York?

Bratton – Quando fui para Nova York, em 1994, ou para Los Angeles, em 2002, não havia muito otimismo nessas cidades de que poderiam fazer muito contra o crime, e elas fizeram. Nova York é hoje uma das cidades mais seguras do mundo, e a mais segura grande cidade americana. Los Angeles é a segunda cidade de grande porte mais segura dos EUA, depois de anos de domínio de gangues. Em Nova York, o crime vem caindo todo ano há 19 anos. Em Los Angeles, caiu durante todo o tempo em que estive lá. Então, sou um otimista, sou muito bom no que eu faço, seja quando sou o chefe de polícia ou quando presto consultoria a governos.

ZH – Há uma preocupação muito grande no país em encontrar uma saída para a violência.

Bratton – Você pode ter um emprego, mas se você tem medo de ser assaltado no caminho para casa, ou se você agora tem uma televisão, mas ela é roubada, ou se suas crianças ficam em perigo ao ir para a escola, mesmo que a sua condição econômica tenha melhorado, se a segurança pública não melhorou, você vai viver com medo. A melhora econômica precisa ser acompanhada por uma melhora dramática na segurança pública.

ZH – E isso não é automático?

Bratton – Não é automático. Tem de ser planejado, tem de ser apoiado, conduzido. 

                                                              Ana -  Roberto Carlos