Para que se consiga uma vitória numa eleição municipal, alguns caminhos devem ser trilhados que conduzam ao sucesso. Vejamos, inicialmente, alguns exemplos de caminhos errados do passado em Baraúna.
Em 2008, o DEM que é um partido de oposição ao atual sistema, insistiu numa chapa puro sangue e não queria nem ouvir falar em coligações. Foi um fiasco total e o atual prefeito foi eleito com mais de 5.000 votos de maioria. A chapa proporcional do DEM (que tinha somente 06 candidatos a vereador) obteve 997 votos e não conseguiu atingir o quociente partidário (que ficou acima de 1.200 votos).
O PT seguiu o mesmo exemplo. Também não obteve êxito (seu candidato a prefeito teve pouco mais de 800 votos) e os candidatos da chapa proporcional (somados juntos) obtiveram 594 votos. Também não chegaram nem a metade do quociente partidário.
Entretanto, se os dois partidos tivessem se unido na época, teriam eleito, no mínimo, 01 vereador de oposição. Perderam os candidatos a prefeito, perderam os candidatos a vereador, perdeu todo o grupo de oposição, graças a insistência em não abrir espaços e nem conversar com possíveis aliados, cedendo no que fosse necessário para a construção de uma possível vitória. Foram priorizados interesses pessoais e o interesse coletivo de uma chapa alternativa que tivesse mais robustez política foi para o beléleu.
Para 2012, já percebo uma mudança qualitativa nos pensamentos desses dois partidos. O DEM, que teve praticamente esvaziado todo o seu grupo, já percebe que sózinho não se chega a lugar nenhum. O PT começa a agir de forma mais inteligente possível para conseguir espaços e obter uma cadeira no legislativo, onde uma voz de um dos seus companheiros possa exprimir as correntes e os anseios sociais dos trabalhadores. Ou seja a lição histórica mostrou para os dois partidos que os caminhos políticos trilhados do passado não devem ser repetidos.
Hoje, a oposição tem muito mais consistência. Tem sete partidos (PMDB, DEM, PSDB, PT, PDT, PTB e PRB) que pregam a necessiade de mudança no modelo administrativo atualmente implantado em nosso município. Temos uma vice-prefeita e 03 vereadores que estão nessa luta. Mas quais caminhos devem ser trilhados?
Em primeiro lugar o caminho do diálogo. Já diz um adágio popular muito antigo: "é conversando que se entende". E isso tem dado resultado até agora, basta ver o resultado através de uma formação de uma chapa proporcional substancial dos partidos de oposição com mais de 45 pré-candidatos a vereador que estão dispostos a apoiar uma chapa majoritária que venha a ter êxito no embate eleitoral.
Em segundo lugar o caminho da transparência. Tudo deve ser colocado as claras e sem subterfúrgios, para não provocar desconfianças desnecessárias. A política sempre reflete momentos circunstanciais, ou seja, deve-se agregar em torno do melhor nome político em termos de potencial eleitoral. Atualmente o melhor nome de oposição para cabeça de uma chapa majoritária (isso pautado em pesquisas de intenções eleitorais internas dos partidos) é o nome de Luciana Oliveira, atual vice-prefeita. E qual seria o melhor nome do seu companheiro de chapa? aquele que agregasse e tivesse robustez eleitoral como citei no início. Aí voce perguntaria: Valdeci, e qual seria esse nome? Vou lhe responder e dizer o porquê.
O melhor nome seria o do advogado Fábio Moura, do DEM. Mas por quê? por dois motivos básicos e políticos. Primeiro pelo potencial simbólico do DEM, que apesar de não ter um grupo político expressivo atualmente, mas possui um capital eleitoral bastante forte em termos e tradição e simpatizantes. Segundo por questões técnicas, onde o nome de Fábio Moura sempre aparece nas pesquisas eleitorais entre os três primeiros lugares indicados pelo povo. O ideal, atualmente (daqui há seis meses pode ser outra situação totalmente diferente), para um caminho seguro em busca da vitória seria agregar esses dois nomes numa chapa e partir para o abraço. A junção dos potenciais eleitorais de Luciana Oliveira e Fábio Moura, dois baraunenses que possuem a simpatia e o respeito do povo de Baraúna, deixaria a oposição numa situação bem mais confortável em busca da vitória. Mas aí entra em cena, mais uma vez, os interesses pessoais que detona os interesses coletivos e até o momento essa chapa é apenas uma ilusão.
Talvez o meu grande defeito seja falar o que penso diretamente, sem arrodeios e baseado em argumentos paupáveis e consistentes. Agora, em caso de não concretização dessa chapa, teremos que buscar outras alternativas. Mas o importante é que esses nomes se viabilizem, que é um direito natural de cada um deles, e mostrem através das pesquisas eleitorais que seu nome tem potencial para agregar no momento adequado da formaçãos da chapa majoritária de oposição. Para cabeça de chapa da oposição, o nome de Luciana Oliveira hoje é o melhor, mas amanhã pode não ser, pode ser o de Fábio Moura, pode ser o de José Araújo, pode ser o de Berguinho, pode ser o de outro, mas que se viabilizem e que isso apareça nas pesquisas de forma inquestionável. Como iremos contra-argumentar contra os anseios do povo?
Mas o principal de tudo isso é que os partidos se agreguem e se unam em torno desses dois nomes que possibilitem chegar a vitória, pois não são somente eles que irão ganhar. Irá ganhar todo um grupo de pessoas da oposição que constituem esses 07 partidos, irá ganhar o povo de Baraúna que terá a oportunidade de ver na prática uma nova opção administrativa mais voltada para o humanitário. Para isso é necessário se despir de interesses pessoais, de rancores, de temores e de desconfianças. Juntos ganharemos, desunidos perderemos. Bom é o que penso atualmente, mas posso estar enganado.